Desafio Primal do Líder: Autogestão

Da autoconsciência, a compreensão de nossas próprias emoções e a clareza com relação aos nossos objetivos, decorre da autogestão, o impulso concentrado de que todos os líderes precisam para atingir seus objetivos. Se não soubermos o que estamos sentindo, ficamos demasiado confusos para poder gerenciar tais sentimentos. Pelo contrário, nossas emoções nos controlam. Em geral, não há problema nisso, quando se trata de emoções positivas, como entusiasmo e o prazer de enfrentar um desafio. Contudo, nenhum líder pode dar-se ao luxo de ser dominado por emoções negativas, tais como a frustação e a raiva ou a ansiedade ou pânico.

Assim sendo, a autogestão, que parece um diálogo interno continuo, é o componente da inteligência emocional que nos livra de cairmos prisioneiro de nossos sentimentos. ela nos proporciona a clareza mental e a energia concentrada exigidas pela liderança. e impede que as emoções destrutivas nos tirem do prumo. Os lideres dotados desse gênero de autocontrole encarnam o entusiasmo empolgante e otimista que leva a ressonância para o aspecto positivo.

A tarefa básica do líder é o equivalente emocional da boa higiene: manter suas próprias emoções sob controle. É simples : o líder não poderá ser eficaz no gerenciamento da emoções de mais ninguém caso não lide com as suas próprias, antes de mais nada. Assim, o modo como ele se sente deixa de ser apenas uma questão privada, dada a realidade do contágio emocional, as emoções do líder têm consequências direta sob seus liderados.

Os líderes que permanecem otimistas e com uma atitude construtiva, mesmo sob intensa pressão, irradiam os sentimentos positivos responsáveis pela criação de ressonância. Mantendo-se no controle de sentimentos e impulsos, criam um ambiente de confiança, conforto e equidade. Essa autogestão tem um efeito em cascata. Ninguém quer ter fama de esquentado quando o chefe adota uma postura consistente de serenidade.

Fonte: O Poder da Inteligência Emocional- Autor : Daniel Goleman