NEUROPLASTICIDADE CEREBRAL E APRENDIZAGEM
- Clésio CM
- 14 de nov. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 4 de dez. de 2021

O Que é Neuroplasticidade?
Neuroplasticidade é a propriedade do cérebro se modelar, adaptar ou auto-organizar suas conexões neurais em reflexo a novas experiências. Também conhecida como plasticidade cerebral, o fenômeno é descrito pela capacidade do cérebro se modificar para se adaptar a lesões.
Nosso cérebro contem mais de 86 bilhões de neurônios na fase adulta. Eles são gerados por um processo chamado neurogênese, provenientes de células-tronco e progenitores neurais para compor nosso sistema nervoso, sobretudo na região cerebral.
Antes se acreditava que a neurogenia ocorria apenas durante a formação do cérebro, mas é um processo contínuo e responsável por expandir nossas redes neurais. Evento integrante sobretudo da neuroplasticidade no aprendizado.
A criação de novos neurônios não é simples, muitos deles morrem antes de amadurecerem ou terem qualquer função cerebral. Eles não são iguais e tão pouco tem as mesmas funções.
Estima-se que existam mais de 10.000 tipos diferentes de neurônios no cérebro, com especificidades ainda desconhecidas.
O que se sabe é que, quando esses neurônios sobreviventes amadurecem em regiões específicas do cérebro, ao receberem sinais neuroquímicos em reflexo de novas experiências, eles passam a ter papel em nossa rede neuronal.
As redes neuronais são terminações nervosas que acessam capilarmente regiões do cérebro responsáveis pelo aprendizado, memórias e inúmeras outras funções cognitivas. Essas redes podem se expandir e sobretudo se adaptar para suprir nossas necessidades de sobrevivência.
O fenômeno da neuroplasticidade e aprendizagem explica muito sobre nossos comportamentos primitivos e também sobre nosso potencial de se adaptar. Algo que vemos comumente em pessoas acidentadas com lesões no cérebro quando recobraram seus movimentos em fisioterapia por exemplo.
Quando você começa a formar o novo e melhor hábito, esta essencialmente criando novos circuitos que compitam com seu velho hábito numa espécie de darwinismo neural.
Para fortalecer suficientemente o novo hábito, você tem que usar o poder da neuroplasticidade, tem que fazê-lo repetidamente.
Se persistir no melhor hábito, esse novo circuito se conectará e se tornará cada vez mais poderoso, até que um dia você fará a coisa certa sem hesitação. Isso significa que o circuito se tornou tão conectado e sólido que essa passou a ser a nova opção padrão do cérebro, o melhor hábito se tornará sua escolha automática.
A neuroplasticidade e aprendizagem junto a neurogênese coexistem e suportam uma a outra.
Práticas de desenvolvimento pessoal encorajam a neurogênese, pois tudo se trata de buscar novos caminhos de superação para nossa sobrevivência, que quando aprendidas em nossa mente, nos premiam com a neuroplasticidade.
As atividades como meditação, treinamento da percepção, foco, memorização, mapas mentais e tantas outras ferramentas, podem nos tornar mais inteligentes. E como os estudos da neurociência sugerem, até mesmo imaginar um treino pode nos manter treinados, algo que a auto-hipnose ou mesmo a lei da atração fazem por seus praticantes.
Fonte: https://www.aprimoresuamente.com/neuroplasticidade-e-aprendizagem - Cérebro e a Inteligência Emocional - Daniel Goleman











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